PETIPAVÊ NO RIO DE JANEIRO E EM CURITIBA

7 de agosto de 2013 por keyimaguirejunior

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Espero que a revista Caras me permita o uso totalmente cultural e não lucrativo dessa foto de sua edição de 02/08/2013.

Mas é que me causa espécie: o calçadão da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, é usado como uma das – muitas – marcas culturais da paisagem da cidade.

E o que me incomoda mais é que isso se faz com tranqüilidade, sem traumas – visto que o tal calçadão, conhecido mundialmente, é em petipavê. Nunca ouvi falar de gente esbravejando que não tem acessibildade, que escorrega e prende salto, essas mentiras que são alegadas contra as calçadas de Curitiba. Observem que a modelo usa uns saltos que devem ser mais finos e altos que agulhas de tricô – e com desenvoltura, fazendo andar de modelo, pois não?!

Pois sim… dá prá desconfiar que por trás desse alarde contra o petipavê curitibano tem interesses.

Salta aos olhos que é exatamente o mesmo usado aqui, na paisagem cultural da Rua XV de Novembro e algumas poucas praças, das quais a mais bem conservada é a João Cândido. Se alguém houvesse dado de presente ao Papa uma obra do Lange de Morretes – paranista colega do João Turim – hoje teríamos preocupações com esse legado cultural, patrimônio histórico raro e exclusivo, talvez se “achasse” que afinal de contas, houve exagero nas alegações tinhosas feitas contra ele.

E também salta aos olhos – de quem quer ver – que o carioca – falo do piso… – é muito bem conservado. Mas aí estou do lado de quem grita que os nossos estão em estado lastimável. Já percorri a Rua XV inteira em busca de uma daquelas rosáceas de pinhões – rosácea de pinhões, só podia ser mesmo em Curitiba! – em bom estado para fotografar, e NÃO ACHEI UMA QUE SEJA.

É, entre a Praça Santos Andrade e a Osório, o calçamento está num estado deplorável, deixado assim pelos empreiteiros da prefeitura. Fazem tudo nas coxas prá receber o quanto antes, sem o menor respeito pela cidade e pela população. Se o calçamento, que é visível, é feito assim, imagine-se o que ficou embaixo do piso e ninguém vê nem fiscalizou, obviamente.

Ah, vamos entender, isso é outra licitação, são outros milhões de reais…

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